quarta-feira, 20 de julho de 2016

KARNAK

Hoje vou falar de uma das minhas bandas brasileiras favoritas: A miscelânia do Karnak.
Não, tá longe de ser banda nova. Foi formada em 1992 pelo ex-Mulheres Negras (e sempre filho do Antonio), André Abujamra.
Misturando sons brasileiros com música eletrônica, pop, rock e vários instrumentos orientais, Karnak é rico em sonoridade e em atuação com uma boa dose cômica.
Em 1997 lançaram o Universo Umbigo, acredito ser o álbum mais famoso e com mais hits, que emplacavam na saudosa MTV.
Karnak teve uma pausa entre 2002 e 2006 mas desde então está de volta, contando com seus 5 membros fixos e mais de 10 membros que vão e vem, sendo eles músicos, dançarinos e atores.
Fiquem com o melhor clipe deles, na minha opinião ;)
Ah, e vale a pena também ouvir a versão dessa música feita pelas meninas do Perota Chingo.


quinta-feira, 14 de julho de 2016

Dia de... Rosetta Tharpe!

Pessoalmente não ligo meeeeesmo pro dia do rock, mesmo assim não deixo de lembrar dos papais e das mamães do gênero que me faz desenhar um monte de emoticons de coração ( #elisabrega).
Neste dia lembramos do papai Blues, de Robert Johnson, de BB King, de Elvis, de Janis (aliás o documentário dela acabou de estrear por aqui nos cinemas), Beatles, Sabbath, Cash, Jimi e todos os dinossauros.
Mas não ouço falar muito da mamis Rosetta.
E isso é de tamanha injustiça. É a mesma coisa que apagar James Brown no Funk.
Rosetta Tharpe, uma das poucas mulheres a tocar guitarra no século passado, nasceu em 1915 e iniciou sua carreira musical na música gospel. Filha de uma pastora evangélica, cantava músicas cristãs com um ritmo mais acelerado que o blues, sendo uma das percursoras no rock n'roll. Isso tudo nos anos 30 e 40. Ela cantava gospel para o público e secretamente ouvia seus blues e jazz.
Naturalmente as pessoas que a ouviam ficavam divididos, uns gostavam outros não mas sem dúvida nenhuma, todos se impressionavam.
E foi assim que ela continuou se apresentando, com sua big band nas casas noturnas, primeiramente com letras gospel e o início do que seria rock n'roll e também com músicas de sua própria autoria.
De Arkansas foi para Chicago e posteriormente para Nova York.  Disseminou o rock no ouvido dos crentes e deixou o mundo mais feliz.
Parou de se apresentar em 1970 após um derrame e faleceu em 1973 devido a problemas causados pela diabetes.
Quero agradecer a Budweiser não pela cerveja em si (sorry Bud, mas não rola), mas pela lembrança que fizeram em homenagem a Sista Rosetta Tharpe no dia de hoje. Meu respeito a vocês ;)
Fiquem com uma das minhas apresentações favoritas dela, "Didn't it rain":


quinta-feira, 7 de julho de 2016

ESTAMOS DE VOLTA + NOVO EP "JOHANNESBURG" DE MUMFORD AND SONS + ARTISTAS AFRICANOS

ESTAMOS DE VOLTA AO AR :D
Nota: quem quiser passar o "mimimi,  já pula pro sexto parágrafo
Com toda a sinceridade de sempre, nada dramático ocorreu além das coisas normais da vida: foi a correria, o "deixa pra depois", o "tô sem tempo agora"... pois é.  E 3 anos se passaram sem nem tocar neste blog.
E me encontro aqui, sentindo mais enferrujada do que nunca para escrever sobre música.
Nessas horas, não adianta muito a experiência passada de leitora de revistas de música (naquela época não havia internet...sorry) e procuradora curiosa e compulsiva de novos sons desde os 10 anos de idade, de ex-redatora da MTV e hoje em dia de trabalhar com produção de shows... nada desse blá blá blá adianta.
É como se fosse a primeira vez que eu estivesse escrevendo.
Sendo assim, me perdoem o ferrugem, prometo (mais a mim do que a qualquer um) não ficar 3 anos sem escrever sobre música, ou seja, praticamente 3 anos sem respirar direito ;)
Ok, passado o "mimimi", vamos ao que interessa.
Pra voltar a escrever aqui decidi escolher uma das minhas bandas favoritas como inspiração e seu último trabalho: Mumford & Sons com os artistas Baaba Maal , do Senegal, The Very Best, duo londrino porém com integrantes do Malawi e Suécia (e se for ver como se apresentam, tem gente da França, da Nigéria...) e Beatenberg, da África do Sul. O resultado é um ep com 5 músicas intitulado "Johannesburg".
O EP, lançado no mês passado, foi gravado em 2 dias na África do Sul, e nele se ouve elementos da sonoridade nova (leia-se "sem-banjos e menos folk") do Mumford & Sons, do pop-indie inglês/sul-africano e obviamente (e para mim, a melhor parte) as raízes africanas muito bem representadas na voz de Baaba Maal.
Deixo com vocês, a melhor música do EP, "There Will Be Time":

Mumford & Sons é uma banda que tem sua base fincada nas raízes do folk estadunidense, mas também visita raízes mais antigas de vez em quando englobando músicas étnicas nos seus trabalhos. Previamente, junto com Laura Marling e o maravilhoso Dharohar Project (India), lançaram um EP com 4 músicas, em 2010. Na minha humilde opinião o melhor trabalho deles com Laura Marling.


Além dos eps, a banda gravou um documentário na India mostrando sua experiência musical e cultural e acredito que ainda este ano sai o documentário deles na África do Sul.
A influência africana na música inglesa atual não é novidade. Então além desses dois maravilhosos projetos do Mumford (que me fez ter novamente esperança na banda, pois não gostei nada do último álbum), deixo um dos caras mais visionários na música moderna: Mr. Peter Gabriel, que aliás está neste momento em turnê com o Sting.

É isso. Tá bom pra desenferrujar ;)?
Please minha gente da música raiz, daquela que toca a alma melhor que nenhuma outra, please press play!
Cheers mates!